quarta-feira, setembro 28


"É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer

Dorme, meu pequenininho
Dorme que a n
oite já vem...

De repente o vejo se transformar

Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim

Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim

Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim

Dorme, menino levado

Dorme que a vida já vem...

Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar

No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus


Dorme, minha mãe
Dorme que ao entardecer

Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter..."

(Autor Desconhecido)